Imaginem o seguinte cenário:
Conhecem uma pessoa fabulosa e vão passar um fim de semana romântico onde tudo é perfeito. Em nosso redor, só existem corações com sabor a algodão doce.
Vale tudo para impressionar: passeios à beira mar, lugares especiais entre conversas e declarações profundas, toques de mãos e beijos apaixonados.
O final do dia é rematado num restaurante igualmente romântico, com vista para rio Douro. A chuva cai lá fora mas por dentro estamos em brasa.
Eis que chega o jantar...
A empregada avisa que está muito quente. Aguardo um pouco e tiro a primeira garfada.
Olhamo-nos nos olhos, com ar “el matador”, tento não tremer com o garfo perto da boca e ouço, pela primeira vez com pronúncia do Porto, “BUFA”.
“BUFA”??????????!!!!!!!!!!!!
Acho que consegui fazer cara séria durante uns milésimos de segundo a tentar perceber o que queria dizer com “BUFA”. Não me lembro se a primeira reacção foi partir-me a rir ou se foi levantar ligeiramente o rabo para soltar uma valente bufa.
Se me pedem para bufar, eu não me deixo rogada, certo? O que é certo também é que era suposto eu soprar para arrefecer a comida…o que não foi necessário! Ficámos tanto tempo a rir que tudo ficou em temperatura amena.
Observações:
1.ª Tentem fazer uma pesquisa de expressões quando conhecerem alguém que não é da vossa terra.
2.ª Nunca mais vou conseguir dizer “sopra” sem me lembrar do “bufa”.
3.ª Cheguei à conclusão que ter conversas de merda no segundo jantar romântico é um excelente desinibidor para uma relação (pelo menos para mim).
4.ª I wonder como será o terceiro jantar romântico…
Miss Brown